Cristãos louvam a Deus em meio à igreja inundada pela 2ª vez no RS
Na noite de quarta-feira (1), o Rio Taquari passou dos 30 metros e atingiu o maior nível da história, no Rio Grande do Sul. A cidade de Lajeado, que fica na região, foi uma das mais atingidas pela enchente.
O templo Matriz, de dois andares, da Assembleia de Deus de Lajeado, foi inundado, chegando a ficar totalmente submerso, na sexta-feira (3).
Dentro do prédio, a destruição foi total. Após a água baixar, os danos dentro da igreja ficaram visíveis.
As cadeiras ficaram completamente encharcadas de água e barro, e os ar condicionados e iluminação queimaram.
“A água deu no teto, pegou até na iluminação e todos os ar condicionados. Estamos muito tristes, não dá para dizer que não estamos frustrados. Mas não estamos desanimados, desesperados. Nós cremos em um Deus que levanta coisas novas em meio ao caos. Ore por nós”, declarou o pastor presidente da AD Lajeado, Daniel Fish, no Instagram.
“Socorremos todos os que pudemos e, no nosso templo matriz, erguemos tudo que tínhamos para o mezanino (um nível que era impensável chegar água). Mas infelizmente cobriu até o teto do segundo andar”, relatou o pastor.
É a segunda vez que a igreja enfrenta um alagamento. Nas enchentes causadas por um ciclone em 2023, o templo matriz foi inundado pela água, atingindo 1m70 de altura, cobrindo até o altar.
Agora, os membros estão trabalhando na limpeza e na recuperação da igreja. No domingo (4), mesmo com o templo destruído e sem poder realizar o culto, um grupo se reuniu no pátio da igreja para adorar a Deus.
De mãos dadas, os cristãos cantaram louvores e oraram juntos. “Assim enfrentamos o dia de hoje, chorando, sorrindo, cantando, mas acreditando que Deus trará o novo do meio dessas ruínas”, afirmou a igreja em postagem no Instagram.
E pediu: “Nós contamos com as suas orações e com sua oferta de amor para esse recomeço!”.
A AD Lajeado está aceitando ofertas de ajuda através do PIX [email protected].
Enchentes no RS
Segundo o último boletim da Defesa Civil, 83 pessoas morreram, 175 ficaram feridas e 105 moradores ainda estão desaparecidos, pelas enchentes no estado.
Mais de 130 mil estão desabrigados em 341 cidades atingidas. No total, 844 mil pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas.
O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública, após as fortes chuvas provocaram enchentes, deslizamentos, rompimentos de barragens e destruição em grande parte do estado.